Por Rafael Souza
“Se você olhar cuidadosamente… além do fluxo principal, além dos comportamentos padrões, além do pensamento convencional, aí surge a Inovação Social. Alguns sinais interessantes aparecem, indivíduos e comunidades que se auto-organizaram agem a partir da diferença: O Design para Inovação Social e a Sustentabilidade !
Após o módulo de Ferramentas em Ecodesign, onde vimos diversas ferramentas estratégicas e pró-operativas em Ecodesign, e metodologias de criação para a Sustentabilidade, tivemos a oportunidade de receber a designer e doutora pela Polimi – IT,  Liliane Iten Chaves, para compartilhar suas experiências e falar sobre o Ecodesign e a Inovação Social.
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Rafael, Alexandre e Luan apresentando sua análise
Liliane  nos mostrou vários cases de inovação social, além de ferramentas, as quais podemos usar para identifica-las e utilizar desta abordagem para o desenvolvimento de  produtos e serviços. Como uma onda, há um movimento, um caminho para a sustentabilidade.
Utilizando como referência o livro “Design para a inovação social e sustentabilidade”, de Ezio Manzini, refletimos sobre a importância do ‘Bem-Comum e do Tempo Contemplativo’ para a sustentabilidade e em como o entendimento de bem-estar como produto e acesso pode levar à insustentabilidades, ao contrário do que imaginam os desavisados. Comentou sobre o ‘efeito Bumerange’: pro exemplo, ao se propor o uso de uma embalagem usada, como o PET para reciclagem e transformação em fio para tecidos e roupa, isto pode se ornar ‘objeto de moda’ e o consumo aumentar tanto, a ponto de que jovens irão querer consumir mais refrigerante, para produzir mais camisetas. A ponto de a indústria se interessar pela matéria prima, que será comprada sem nem passar pelo processo em si.
Liliane nos apresentou também o “Fator 10”, que visa aumentar em 10 vezes a eco-eficiência no processo produtivo  nos próximos 30 anos, onde a sociedade passe a consumir 10% dos recursos que usamos hoje em dia e, desta forma, consiga promover  o progresso das gerações presentes e garantir o acesso a bens naturais para as gerações futuras.
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Momentos de descanso e contemplação durante o sábado, com Gabi Duarte
Refletindo sobre a importância da Inovação Social na perspectiva da do Meio ambiente e tratamentos de resíduos, fomos conhecer a  Unidade de Valorização de Resíduos (UVR) gerida pelo IPCC – Instituto Pró-cidadania de Curitiba,  para saber como funciona o processo de destinação dos resíduos sólidos na cidade, observando o processo de separação dos resíduos bem como identificando desafios e oportunidades do segmento, para o desenvolvimento de projetos.
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Imagens da UVR – Unidade de Valorização do Lixo – IPCC
Após passarmos  pelos conceitos e identificar oportunidades dentro das temáticas de “lixo” e “embalagem”, Liliane nos mostrou diferentes ferramentas de pesquisa e identificação  de realidades de Inovações Sociais, como Mapa de sistemas, Blue Print e a aplicação destas em análise de produtos e serviços.
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 Blue print em exercício, analisando os ‘pontos de contato com a população de um bairro’ quando em pesquisa de observação de um grupo de fotógrafos urbanos
 
A medida que os módulos vão passando, vamos conseguindo observar de maneira mais clara este novo horizonte do desenvolvimento profundamente ético e sustentável.
Tudo isto acontecendo na UEXP, lugar de paz e expansão de conhecimentos. Após todo os conhecimentos apreendidos com a professora Liliane, seguímos para o módulo 6 – Mercado e Consumo em Ecodesign, com o professor e pesquisador em design sustentável, Márcio Dupont, mestre em Sustainable Product Design, pela Bournemouth University, Inglaterra (2004)! Aguardem!